14.1.09

Abaixo de tudo aquilo que ascende.


Sobre tudo aquilo que decai.


Johan foi um homem que buscou andar por aí entregue às amenidades da vida. Entretanto, sendo o nosso mundo obscuro demais; ele não conseguiu transpor sua existência isento do sôfrego pesar da consciência.


Noite adentro, seu rosto iluminado pela luz azulada da lua que entra pela janela do apartamento, Johan decai. Em sua mente perdura a morte na sua forma mais popular; um esqueleto vestido com uma capa preta, sua foice cintilante pinga sangue e o esqueleto sorri (um esqueleto normal não sorri; só a Morte).

Entre cigarros de menta e doses de uísque Johan se destrói.

3:34
Na televisão a lasciva sessão pornô, mulheres e homens de plástico.

E quando o sol já foi despontando, e todas as garrafas estavam vazias e não havia mais nenhuma carteira de cigarro, Johan soergue pesadamente, suas pernas bambas e sua cabeça palpitante.
Ah, uma dor, uma dor tão forte e intensa no estômago.
A dor sufoca Johan.
Johan cai de costas sobre o carpete.
O vômito sufoca Johan.

O gato persa que Johan criava veio pelo corredor, curioso, atento. Chegou a tempo de ver o dono apoiado nos cotovelos.
Johan chorou; humilhado.
.
.
.
.
miau...




Um comentário:

Ana Luiza Valente disse...

Nao sabia que vc tinha um blog. Bem legal.

Um beijo.